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Refugiados: A crise agrava-se. A resposta tarda. Constroem-se muros.

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Refugiados: A crise agrava-se. A resposta tarda. Constroem-se muros.

 

A maioria dos refugiados são pessoas que fogem da guerra e da pobreza na Síria, no Afeganistão e em países africanos.

 


“Chegou a hora de acabar com o jogo de empurra entre as instituições e os Estados-membros. Devemos estar unidos.” Dimitris Avramopoulos, Comissário Europeu para a Migração, Assuntos Internos e Cidadania

 

Depois do êxodo, a crise humanitária de milhares de refugiados/as em desespero.

 

A Europa enfrenta uma crise humanitária sem precedentes, de acordo com a agência da ONU para os Refugiados (ACNUR), 300 mil pessoas atravessaram o Mar Mediterrâneo rumo à Europa entre janeiro e agosto. Esse número representa um aumento em cerca de 85 % em comparação ao mesmo período em 2015.

De acordo com o último balanço da Organização Internacional das Migrações (OIM), mais de 2.300 pessoas morreram desde o início de 2015 ao tentarem atravessar o Mediterrâneo para chegar à Europa, uma média de média de quase dez mortes por dia.

A maioria dos refugiados são pessoas que fogem da guerra e da pobreza na Síria, no Afeganistão e em países africanos.

Não nos podemos esquecer que estamos a falar de seres humanos, pessoas cuja dignidade deve ser respeitada e protegida. Pessoas que foram forçadas a deixar o seu país, que arriscam as suas vidas, fugindo da guerra, da fome e da miséria.

 

O refugiado é alguém que é obrigado a deslocar-se, a atravessar fronteiras, a arriscar a vida e, por fim, a pedir esmola pela sua própria cidadania. A crise agrava-se. A resposta tarda. Constroem-se muros.

 

por Susana Pereira, Fundadora da ACEGIS